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Este blog, amador, foi criado com o intuito de divulgar atividades e acontecimentos relevantes da Serra do Caramulo, bem como o seu património! Fornece, também, informações importantes para quem pretende visitar e conhecer a região! "Viaje" pela Serra (des)conhecida, explorando os seus conteúdos!
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RESERVA BOTÂNICA DE CAMBARINHO E MATA DA PENOITA - A Serra do Caramulo & Descobrir e Aprender em Viseu Dão Lafões

 Reserva Botânica de Cambarinho e Mata da Penoita

"Situada no concelho de Vouzela a Reserva Botânica de Cambarinho é um local de grande biodiversidade, albergando inúmeras espécies de grande valor conservacionista. A particularidade deste espaço é a presença do loendro, espécie endémica da Península ibérica, que nos meses de maio e junho nos presenteia com a sua magnífica floração representando um dos ex-libris naturais deste território.

Atividade pedagógica

Nome da atividade:

Conta uma história…

Descrição da atividade:

A partir da visita a 2 locais no concelho de Vouzela os/as alunos/as deverão criar novas histórias, recorrendo aos seus conhecimentos de ciências e português.

Áreas Disciplinares:

Ciências e Português

Níveis de Ensino:

1º e 2º ciclos do Ensino Básico

> DOWNLOAD PDF "  https://valorizateviseudaolafoes.pt/

Flora e Fauna

FLORA
"A Serra do Caramulo é muito influenciada pelo clima litoral húmido e o interior continental mais seco, estando assim numa zona de transição. A este efeito junta-se ainda a de altitudes entre os cumes e os vales, o que confere à região uma grande riqueza florística.
A diversidade florística é expressa pela presença de diversas espécies de ecologia muito particular, endémicas, raras ou com estatuto de ameaça elevado. O pico de biodiversidade está associado às linhas de água, com destaque para a presença do loendro (Rhododendron ponticum subsp. baeticum), que pela sua importância levou à criação da reserva botânica de Cambarinho. No total existem mais de 10.000 exemplares de Loendro, distribuídos por várias linhas de água como a ribeira de Cambarinho, ribeira de Farves e Novais, rio Alcofra e Alfusqueiro. 
Surgem ainda associados às zonas ribeirinhas espécies endémicas ou raras, como Narcissus cyclamineus que se encontra nos anexos II e IV da diretiva habitats e uma grande diversidade de fetos.
A área florestal é dominada por povoamentos de Pinheiro bravo (Pinus Pinaster) e Eucaliptos (Eucalyptus globulus), mas há também importantes manchas de carvalhal autóctone dominadas pelo carvalho alvarinho (Quercus robur), a ocidente, devido à presença do clima atlântico e carvalho negral (Quercus pyrenaica), no lado oriental, mais continental. Verifica-se com alguma frequência a presença de avelaneiras, loureiros, cerejeiras bravas, medronheiros, sobreiros e castanheiros. O estrato arbustivo é composto maioritariamente pelo pilriteiro (Crataegus monogyna), gilbardeira (Ruscus aculeatus), giestas (Cytisus sp.) e nas zonas mais altas a carqueja (Genista tridentata) e urzes (Erica sp.)." Fonte:file:///D:/Utilizadores/Pedro%20Pereira/Downloads/PNVG_MEMO%20(3).pdf
      Plantas raras
“A lista de espécies da flora vascular da Serra do Caramulo representa 21,85 % da flora vascular de Portugal continental e 9, 73% da flora vascular da Península Ibérica. O estudo, iniciado em 2002 pelo Dr Pedro Ribeiro, na Serra do Caramulo, permitiu a elaboração de um catálogo florístico com a identificação de um total de 681 espécies de plantas vasculares, pertencentes a 383 géneros agrupados em 102 famílias. A Serra tem um número muito elevado de plantas com graus de raridade de raro e muito raro (no conjunto 312 taxa, 45,8%) e os únicos 5 endemismos lusitanos, que vivem na Serra do Caramulo, estão incluídos nestas categorias, bem como 27 dos endemismos ibéricos. Parece-nos que muitas das espécies estudadas se converteram em raras, como resultado das ameaças a que foram sujeitas, e algumas estarão mesmo em risco de extinção local, como é o caso de Taxus baccata. 
Atendendo a que a maioria dos endemismos ibéricos não tem qualquer tipo de proteção legal, o risco potencial a que esta flora está sujeita parece ser elevado Justificar se ia, portanto, numa futura reavaliação da rede de áreas protegidas, estudar a possibilidade de inclusão das áreas da Serra do Caramulo com maior interesse conservacionista ou então salvaguardar essas áreas através dos planos de ordenamento territorial ou pela criação de micro reservas uma das maiores ameaças, para diversos taxa de interesse conservacionista, reside no desconhecimento da sua existência, num determinado local .” (RIBEIRO, 20016)


Fonte (fotos e texto explicativo de cada espécie): Placard exposto no recinto do Posto de Observação da Natureza de Jueus. Trabalho realizado no âmbito da Oficina de Formação : A SERRA DO CARAMULO COMO RECURSO DIDÁTICO PROMOTOR DA EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE 2017/2018. Formandos: Cecília Borges, Luís Costa, Rita Mamede, Sandra Martins AETTRibeiro. Cecília Matos AE Mundão. Manuela Gomes AE Santa Comba Dão. Pedro Pereira AE Viseu Norte. Lurdes Caseiro, Maria João Ferreira, Maria Peixoto AE Viso. Formadores: Carlos Cravo, Luís Café AETTRibeiro. Margarida Morgado, Pedro Ribeiro ES Viriato. Paulo Almiro AE Viso.

FAUNA
A fauna existente em toda região serrana resulta de uma interação entre elementos naturais e humanos. Ao longo dos anos, algumas espécies desapareceram (lobos) e outras voltaram a surgir em grande número (javalis)… Regista-se uma elevada variedade de ecossistemas o que origina a existência de uma grande diversidade faunística… Para o estudo da fauna, podem criar-se os seguintes grupos: aves; répteis, mamíferos, peixes…
Aves: alvéolas; andorinhas, melros, pardais, cucos, mochos, perdizes, gaios…
Mamíferos: toupeiras, coelhos-bravos, raposas…
Répteis e anfíbios: sapos, rãs, sardões, salamandras-de-pintas-amarelas, cobras (rateira…)Peixes: trutas, bordalos, enguias, barbos, bogas …

Guia da Flora Vascular da Serra do Caramulo

Guia da Flora Vascular da Serra do Caramulo 
Apresentação 23/10/2019 | Hotel do Caramulo
“O CEISCaramulo lançou o desafio, o Dr. Pedro Ribeiro em colaboração com a Dr.ª Margarida Morgado “meteram mãos à obra”, e graças à parceria com a ADICES foi possível encontrar o financiamento necessário para concretizar o projeto.
Integrada no projeto da Cooperação “Green Economy” levado a cabo no âmbito da medida 10.3 do PDR2020, concretizado com parceiros de Grupos de Ação Local da Finlândia, Luxemburgo, Suécia e os portugueses ADELO e DUECEIRA, a presente publicação dá a conhecer a flora da Serra.
O CEISCaramulo agradece reconhecidamente ao Dr. Pedro Ribeiro, à Dr.ª Margarida Morgado, ao Dr. João Carlos Figueiredo (ADICES) e a todos os que tornaram possível a publicação deste Guia. Estamos certos que será o primeiro de muitos outros projetos em prol do estudo, divulgação e preservação dos patrimónios da Serra do Caramulo”. Extraído de: https://www.facebook.com/CEISCaramulo

“As Nossas Plantas, ameaças e conservação”. Ação de sensibilização para a população - São João do Monte


"Para conhecer a biodiversidade vegetal da serra do Caramulo, com destaque para as plantas ameaçadas de extinção, e para desenvolver estratégias de preservação/conservação, os alunos da escola básica do Caramulo, desenvolveram o projeto “Preservar para a biodiversidade aumentar”, premiado no concurso de ideias “Ciência na Escola” da Fundação Ilídio Pinho.

É no contexto deste projeto e do projeto “Renascer das Cinzas” do agrupamento de escolas de Tondela Tomaz Ribeiro que surgiu a ideia de organizar uma ação de sensibilização para a população. No dia 20 de maio, pelas 10 horas, na junta de freguesia de São João do Monte, o Dr. Pedro Ribeiro, que desenvolveu tese de doutoramento pela Universidade de Coimbra sobre a flora do Caramulo, vai dinamizar essa ação de sensibilização intitulada “As nossas plantas, ameaças e conservação”. É importante que os habitantes locais conheçam o património ambiental, e em particular as plantas ameaçadas de extinção, para que possam contribuir para a sua proteção e conservação. Esta ação conta com uma saída de campo na zona envolvente ao rio e à vila de São João do Monte (...)". L.C.
Folha de Tondela, Nº 2084. 26/05/2017.
Identificação e caraterização da flora (sugestão):
 http://flora-on.pt/
http://www.floraiberica.es/

Floresta e Incêndios

Quando li a edição do Jornal de Tondela de 20 de Junho de 2003, chamou-me à atenção o seguinte artigo: “Floresta e o papel dos jovens na sua preservação”. O artigo relatava um debate realizado num dos auditórios do Novo Ciclo sob a responsabilidade da Lusitânia- Agência de Desenvolvimento Regional Dão Lafões. Um dos objectivos deste debate era “incutir nos jovens, nomeadamente do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e do Secundário o papel de que estes podem desempenhar na sua preservação”. Foram abordados vários temas: O eucalipto e os incêndios florestais; A capacidade regenerativa do Pinheiro Bravo ...
Achei interessante o que li, no entanto poderia ser ainda mais interessante abordar estes temas a nível local (Concelho de Tondela), nomeadamente a relação entre as características da floresta e os incêndios. Conhecendo um pouco melhor as características florestais do Concelho de Tondela, os nosso jovens estariam mais sensibilizados para a sua preservação. No âmbito deste tema: Incêndios e floresta, podemos tecer algumas considerações a nível concelhio.
Por incêndios florestais entendemos todos aqueles que ocorrem em áreas em que o combustível é sobretudo a vegetação, na realidade são as características dos combustiveis que vão ditar o comportamento do fogo. O concelho de Tondela apresenta na sua maioria povoamentos de pinheiro bravo (Pinus pinaster ) e eucalipto (Eucaliptos globulus). O pinheiro bravo é uma resinosa que foi semeada com enorme profusão, tendo ampliado a sua área depois da política de arborização do «Estado Novo», as montanhas de Portugal transformaram-se então num imenso pinhal, não natural dessas Zonas que tinham sido ocupadas por carvalhais cauducifólios.  O pinheiro bravo é pois a resinosa mais frequente no nosso país; como a palavra resinosa indica, esta árvore tem na sua composição química substâncias altamente inflamáveis o que as torna susceptíveis ao fogo. É frequente os incêndios nos pinhais desenvolverem-se sobretudo junto ao solo, queimando a caruma e o mato, podendo afectar em maior ou menor grau as árvores.
Quanto ao eucalipto é uma espécie que a partir da década de 70 começa a sobressair-se cada vez mais e difundir-se rapidamente. Esta difusão atribui-se por um lado, aos incêndios florestais, pois é uma espécie que após um ou mais incêndios na mesma área, cresce rapidamente (muitas vezes depois do corte, rebenta pela cepa). O eucalipto cresce pois com rapidez comparativamente ao pinheiro, o que explica que este último venha a ser substituído pelo primeiro, satisfazendo mais rapidamente as indústrias de pasta de papel e de celulose. Na sua composição química existem substâncias voláteis altamente inflamáveis, que libertam uma grande quantidade de energia ao arder.
Embora nos eucaliptais a vegetação arbustiva não seja geralmente abundante, é fácil um incêndio neste tipo de árvores passar para as copas e propagar-se entre elas, com os riscos próprios deste tipo de incêndios. De acordo com o inventário da D.G.F. (Direcção Geral das Florestas), em 1974 o concelho de Tondela apresentava em termos totais de ocupação de pinheiro e eucalipto, respectivamente 94% e 6% Estes valores são hoje um pouco diferentes, salientando-se o aumento da ocupação de eucalipto, mas mantendo-se ainda uma maior ocupação de pinheiro bravo em relação ao eucalipto
O concelho de Tondela apresenta em termos gerais três situações bem distintas; por um lado a parte do “planalto beirão” e a vertente oriental da Serra do Caramulo com o predomínio do pinheiro bravo, onde se verifica um sub-bosque caracterizado por urzes, carquejas, fetos e medronheiro; além destas espécies cresce também o eucalipto e mais raramente os sobreiros, castanheiros e carvalhos; o predomínio do pinheiro bravo torna-se cada vez mais escasso “à medida que se sobe”, pois as condições do clima e solo opõem-se à sua presença. A segunda situação são os “cimos da Serra” às quais corresponde sobretudo áreas incultas com predomínio de matos. Estes “cimos da Serra” são pois ermos e o granito aflora em grandes extensões e a existência de árvores é escassa, dominando a urze, a queiró, o tojo, a carqueja, assim como as giestas.
A terceira situação diz respeito à vertente ocidental da Serra do Caramulo, onde nas altitudes inferiores a 600 metros, deixamos de ter pinheiro bravo e começa aparecer o eucalipto em mancha continua, prolongando-se até às proximidades de Águeda.
Ficando a saber um pouco mais das características da nossa riqueza florestal, poderemos ter todos um papel mais consciente na sua preservação contra os vários riscos a que está sujeita, sobretudo o risco de incêndio.

Pedro Luís .S.Pereira
Publicado em Jornal de Tondela. nº 637- 3 de Julho de 2003.