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Este blog, amador, foi criado com o intuito de divulgar atividades e acontecimentos relevantes da Serra do Caramulo, bem como o seu património! Fornece, também, informações importantes para quem pretende visitar e conhecer a região! "Viaje" pela Serra (des)conhecida, explorando os seus conteúdos!

Caminhada no Património da União de Freguesias de São João do Monte e Mosteirinho

Informação disponível em: http://www.quercus.pt/destaques/196-eventos-1/4436-caminhada-no-patrimonio
Caminhada no Património da União de Freguesias de São João do Monte e Mosteirinho
A atividade denominada "Caminhada no Património da União de Freguesias de São João do Monte e Mosteirinho" está inserida no programa “Património das Freguesias – Quercus mais Freguesias e Coletividades” vai realizar-se no dia 12 de Setembro e é dinamizada pelo Núcleo Regional de Vila Real e Viseu da Quercus e conta a nível local com os apoios da União de freguesias de São João do Monte e Mosteirinho e  da Associação Desportiva Cultural e Recreativa de S. João do Monte.
Neste dia será apresentado o programa“Património das Freguesias – Quercus mais Freguesias e Coletividades”
INSCRIÇÕES: até 6ªfeira às 10h00, através do email: adcrsaojoaodomonte@sapo.pt.
(Para efeitos de seguro, os participantes devem fornecer os seguintes elementos no ato da inscrição: nome completo, número de cartão de cidadão e data de nascimento.)
CONCENTRAÇÃO: às 14h 45m junto ao Pelourinho de S. João do Monte
 AÇÃO ORIENTADA POR: Pedro Pereira; João Branco; João Baptista; Nelson Pereira
Participe! Texto e imagem extraído de: http://www.quercus.pt/destaques/196-eventos-1/4436-caminhada-no-patrimonio


Notícia extraída de: http://www.quercus.pt/images/PDF/QA/QA73.pdf

Caramulo Motorfestival

  O Caramulo Motorfestival é um evento dedicado aos automóveis e motociclos clássicos e desportivos e combina a competição com atividades lúdicas e turísticas.
Assim, trata-se de um evento orientado não só para os verdadeiros aficionados dos automóveis e motociclos, mas também para todo o público em geral, em especial para as famílias que podem desfrutar de um fim-de-semana inesquecível na Serra do Caramulo.
Ao longo de todo o traçado haverá guarda rails de acordo com as mais exigentes normas de segurança, bancadas em várias curvas e uma zona VIP, com uma visibilidade que abrange quase todo o circuito.   Texto adaptado a partir de: http://www.caramulo-motorfestival.com/
Imagem extraída de: http://www.caramulo-motorfestival.com
OUTROS TEMPOS
Fonte: Revista Automundo (1981).

Comércio Tradicional

O processo de descolonização português (1974-1975) obrigou o senhor José Monteiro a deixar Lourenço Marques e a regressar, rapidamente, à sua terra natal. Uma experiência, talvez, pouco feliz, para muitos portugueses, por ter sido um êxodo forçado e ter implicado a perda de condição social e económica.
 Dadas as circunstancias e devido à sua experiência neste setor, resolveu arrendar um espaço na rua principal de São João do Monte, onde, abriu uma mercearia. Era “a loja”, como referiram as pessoas.
Ali, vendia-se um pouco de tudo, pão, petróleo de iluminação, especiarias, carrinhos de linhas, dedais, vinho a copo… O espaço perdurou ao longo de mais de três décadas e o seu encerramento chegou ao fim no ano de 2013. O que fica? Fica a alma de um espaço e de personagens reais, que serão recordados num rol de histórias e imagens nostálgicas…
São 4:30 da madrugada, o velho despertador de corda toca e a mesa de cabeceira estremece, o senhor José levanta-se para tratar da loja. Aos primeiros raios de luz começava a receber os primeiros clientes, pessoas de trabalho que vinham aviar o seu pequeno-almoço ou mesmo o almoço, comprando pão, fruta, bebidas, latas de conserva, etc. Alguns aproveitavam para o seu habitual bagacinho (mata-bicho).
Durante o dia era um corrupio, pois não faltava clientela. Sempre simpático e amigo das crianças, adoçando-lhe a boca com pequenos mimos (rebuçados, etc).
Faziam parte das nossas vidas! Estavam presentes os guardiões deste comércio local!
Não só recebia, como dava, ajudando muitas pessoas a viver em momentos difíceis das suas vidas. Fiava e emprestava dinheiro a muita gente, cambiava os cheques da venda do leite e os vales dos pensionistas. A comunidade sentia que tinha ali um amigo com quem podia contar. Alguns abusavam da sua bondade…
Há uns anos atrás, sofreu um acidente vascular cerebral. Toda a gente pensava que seria o fim, porém, recuperou quase totalmente. Foi nesse período de doença que o seu irmão, Manuel, assumiu o negócio, possibilitando que a casa continuasse aberta. Após a sua recuperação, os dois irmãos geriram o negócio com a mesma honestidade e humanidade de sempre!
- Vamos encerrar! A casa não tem condições exigidas pela lei. Também não temos idade para grandes investimentos!
Assim aconteceu, o encerramento de um dos últimos redutos do comércio tradicional da freguesia de São João do Monte, foi inevitável. São as vicissitudes da vida e também danos colaterais de um capitalismo atroz que não tem espaço para os menos competitivos.
Foram acérrimos lutadores, pois começaram tudo de novo após a vinda de África e trabalharam muito para além da sua aposentação.
Enfim, tudo acaba! Prestamos-lhes, aqui, esta singela homenagem, recordando com saudade e um reconhecido bem-haja pelo respeito e amizade que dedicaram à comunidade.
Texto: O.S.P.           Publicado em Jornal de Tondela (16/0572013)

O Pisão de Matadegas

O passeio pedestre que o GAC (Grupo dos Amigos do Caselho) tinha agendado para domingo, vinte e seis de abril, foi adiado devido ao mau tempo. No entanto, um grupo de resistentes não deixou de visitar um dos locais mais interessantes que estava previsto na rota- o pisão de Matadegas. E assim aconteceu…

O jeep do Bruno levou-nos até onde foi possível! Do local onde ficou o jeep até ao pisão, localizado junto de uma corga, são cerca de duzentos e cinquenta metros, os quais têm de ser percorridos a pé!

Alguns dos elementos do grupo que, supostamente, saberiam o local do pisão não o conseguiram encontrar. A paisagem sofreu alterações devido ao corte de árvores e perderam-se pontos de referência. Nesta altura, era grande a probabilidade de não atingirmos o objetivo. Um simples telefonema resolveu o problema… Passados uns instantes, o Nelson, a Carla e o seu irmão mais novo, residentes na aldeia de Matadegas, apareceram no local para nos guiarem.

Ao chegar ao local, a beleza do espaço não nos deixou indiferentes. A combinação dos odores primaveris, a paisagem multicolor com predominância do verde da vegetação e o som da água a correr na corga, transmitiu-nos tranquilidade e serenidade necessárias para renovar forças e deliciar o corpo e o espírito. Se este cenário nos deixou satisfeitos, o mesmo não podemos dizer no que diz respeito ao edifício que albergava o pisão, sem telhas e cheio de plásticos!

A maceira, uma das peças mais importantes do pisão foi levada há mais de quinze anos, estando atualmente no museu Terra de Besteiros... No local ficaram os plásticos, presumivelmente, utilizados nas manobras de remoção.

Era bom que o engenho voltasse a trabalhar! O pisão a funcionar no próprio local e a beleza do espaço envolvente, tornariam o local um ponto ímpar de atração turística.

O Engenho
 
“O funcionamento dos pisões tinha como base um moinho hidráulico, onde o aproveitamento da água fazia mover todo o mecanismo em madeira. Este engenho utilizava-se no tratamento da lã, sobretudo do burel, apreciado para a confecção de capuchas, capas, mantas, casacos, entre outras utilizadas no Inverno.

A lã, depois de tratada e tecida ia para o pisão, onde era pisoada incessantemente com água a ferver. Esta fase da cadeia operatória tornava o pano de lã impermeável, resistente ao frio e à chuva.
A masseira exposta no Museu Terras de Besteiros, oriunda do Pisão de Matadegas, freguesia de São João do Monte, foi talhada num só tronco de castanho e fazia parte de um mecanismo que já não chegou aos nossos dias”.
Extraído de: http://www.cm-tondela.pt/index.php/servicos/museu-terra-de-besteiros/museu/item/2403-museu-municipal-terras-de-besteiros-pisoes-de-burel