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Este blog, amador, foi criado com o intuito de divulgar atividades e acontecimentos relevantes da Serra do Caramulo, bem como o seu património! Fornece, também, informações importantes para quem pretende visitar e conhecer a região! "Viaje" pela Serra (des)conhecida, explorando os seus conteúdos!

Rio Dinha

“O Rio Dinha nasce a Norte do lugar de Covas, à cota 900. Desenvolve-se ao longo de 35 km até terminar no rio Dão, à cota 135. Tem como principal afluente a ribeira de Lanças. Nos seus últimos 12 km, o Rio Dinha é acompanhado pela Linha do Dão agora transformada em ecopista”.http://portugalpontoporponto.blogspot.com/2012/05/rio-dinha.html. Segundo as nossas pesquisas, o Rio Dinha no seu curso superior é designado por Rio Asnos… Nas proximidades de Nandufe o Dinha presenteia-nos com uma belíssima praia fluvial.
Rio Dinha junto à EN228

"O moinho da Ponte do Rio Dinha, chamada em 1627 de “Ponte Nova” e em 1726 de “Ponte de Pedra”, em Tondela,  pertencia à Comenda de Santa Maria de Tondela da Ordem de Cristo. Este moinho, e as terras que lhe estavam agregadas, aparecem descritos nos tombos desta comenda, dos séculos XVII e XVIII, da seguinte forma:
Tombo de 1627
Nº75 - Uns moinhos que estão no Rio Dinha, por baixo da Ponte Nova, no limite deste lugar, que são da dita comenda. Estes moinhos têm três rodas, duas centeeiras (que moem centeio) e uma alveira (que só mói pão branco), e todas três movem juntas. Rendem para a dita comenda, no foro e pelo que se faz com os moleiros; e tem a casa de comprido, da banda do Nascente, sete varas de craveira, e pelo Poente tem oito varas, e pelo Norte, quatro e meia. N º76 – Tem uma horta junto aos ditos moinhos, que é da dita comenda, que parte do nascente com rio, e da banda do Poente parte com rego dos moinhos, e pelo Norte parte com terras que se não cultivam, e está por baixo da ponte; a qual horta foi medida e tem de comprido, pela banda do Nascente, vinte e duas varas e meia, e pela banda do Poente tem de comprido dezanove varas e meia, também de craveira, e da banda do Sul tem de largura também sete varas de craveira, e pela banda do Norte tem quatro varas de craveira.
Nº76 – Tem outra horta por baixo dos ditos moinhos, que é da dita comenda. Que parte pela banda do Nascente com o dito rio, e do Poente parte com caminho que vai para o moinho, e do Sul parte com o mesmo rio; a qual horta é tapada de parede sobre si e foi logo medida, e tem de comprido, pela banda do Nascente, vinte varas de craveira, e de largo, pelo Sul, quatro varas, e pela banda do Norte, cinco varas. E disseram os medidores que levava de semeadura uma quarta de linhaça. Esta horta tem uma videira com um salgueiro, e um pessegueiro, e uma figueira, das quais hortas se aproveitam os moleiros que trazem os ditos moinhos e as cultivam.
Tombo de 1721-1725
Uma casa de moinhos que está junto ao rio Dinha, por baixo da Ponte da Pedra, no limite desta vila, a qual está telhada de telha e tem duas rodas de moer pão, que são de um prazo pertencente a esta comenda, do qual são enfiteutas em primeira e segundas vidas Caetano Luís de Barros e sua mulher Dona Helena Caetana Pereira, desta vila, a qual casa tem de comprido, pela parte do Nascente, do Norte para o Sul, oito varas de craveira; e pela parte do Poente tem de comprido seis varas da craveira; e tem de largo, pela parte do Norte, cinco varas da craveira; e pela parte do Sul tem de largo três varas e meia da craveira, e tem sua serventia de pé e carro cujas medidas constam do Tombo antigo desta comenda.
Mais duas casas pequenas, que estão feitas de pedra e telhadas de telha, defronte dos ditos moinhos, que também são do mesmo prazo desta comenda, de que os ditos enfiteutas são vidas e andam de posse; as quais, ambas estão juntas, que servem de despejos dos ditos moinhos e têm ambas de comprido, da parte do Nascente, do Sul pera o Norte, sete varas da craveira; e pelo Poente tem seis Poente, a qual medição se achava na mesma forma em o tombo velho desta comenda e título do prazo acima e atrás declarado e confrontado.
Mais um pousio de terra inculta, com suas árvores de amieiros, que fica pela parte de cima da casa dos moinhos, que também é deste prazo, e dele os ditos enfiteutas andam de posse. O qual fica pela parte de baixo da dita Ponte de Pedra, que parte com o rio Dinha, o qual tem de comprido, da parte do Norte pera o Sul, vinte varas da craveira; e de largo tem sete varas da craveira do Nascente pera o Poente; e pelo tombo velho constava ser antigamente horta.
Mais outro pousio de terra inculta, que fica pela parte de baixo da mesma casa de moinhos, que também é deste prazo, que pela parte do Nascente parte com o mesmo rio Dinha, e tem de comprido, da parte do Sul para o Norte, trinta e duas varas da craveira, e tem de largo, do Nascente para o Poente, quatro varas da craveira; cuja medição na dita forma se achava em o Tombo velho desta comenda.
Mais um açude que serve de presa à água do mesmo rio com, uma levada por onde vai a água para moerem os ditos moinhos, o qual rego está feito de pedra, e o açude também é benfeitoria que os ditos enfiteutas têm feito, porque no tombo velho constava ser feito o açude de estacas". 
Fonte (Texto e Fotos): Manuel Ferros. Administrador de " Grupo dos Amigos do Concelho de Tondela". Facebook

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