Este foi o maior incêndio, em área ardida, que afetou a Serra do Caramulo!
Incêndio de 2016 (8/8/16): dados provisórios do ICNF. |
Se 2013 foi um ano dramático, em termos de cheias para a cidade de Águeda, com apenas área ardida (“incêndio de Guardão”) na bacia hidrográfica do rio Águeda, provavelmente em 2016 ( meses de outono e inverno) a situação poderá vir a ser mais grave (esperamos que não...) pois, existe uma vasta área ardida não só na bacia hidrográfica do Águeda, mas também na bacia do rio Alfusqueiro.
I- INÍCIO
O Grande Incêndio de Águeda com início no dia oito de
agosto, subiu a serra do Caramulo pelo lado ocidente e, ainda, chegou a terras
do concelho de Tondela.
Data e hora
(notícias)
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Acontecimentos
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Fonte da informação
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08 agosto
13:11
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“O incêndio que deflagrou às 4.09 horas em Préstimo,
Águeda, distrito de Aveiro, obrigou a evacuar um lar de idosos e destruiu um
armazém de materiais de construção no lugar de Á-dos-Ferreiros”.
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08 agosto
17:43
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“Chamas em Águeda avançam rapidamente consumindo vastos
locais de eucaliptos e cortando uma estrada nacional. A situação encontra-se
caótica e o presidente da Câmara Municipal de Águeda avisa que não há meios suficientes
para conter um incêndio que avança sem piedade”.
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09 agosto
9:56 |
“Neste momento,
estamos apenas com uma frente ativa de mato, que está na zona do Avelal. O
resto já está controlado”, disse o autarca. O presidente da Câmara, do
distrito de Aveiro, referiu ainda que o trabalho feito durante a última noite
e madrugada foi “muito grande, porque aproveitou-se bem as condições
atmosféricas para resolver o máximo de problemas”, adiantando que “houve
algumas casas em risco, mas não houve problemas graves”.
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10 agosto
11:33
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“Jorge Almeida
fala em "muitas, muitas frentes de incêndio, num rendilhado que impedia
qualquer ataque mais organizado", num incêndio que dura há dois dias e
que é aquele que nesta manhã de quarta-feira, com 300 operacionais, mais
bombeiros concentra em Portugal Continental. O vereador da Proteção Civil
diz que a esta hora a situação está mais calma e já "só" existem
pelo menos quatro frentes de fogo ativas. Quanto a casas em risco, neste
momento há apenas um caso a preocupar os bombeiros”.
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10 agosto
13:56
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“O incêndio
florestal de Águeda, que voltou a estar ativo durante a madrugada devido ao
vento forte que se faz sentir, está "descontrolado", tendo sido
pedidos meios aéreos com urgência, disse fonte dos Bombeiros”. (...)
"Neste
momento, estamos a precisar urgentemente de meios aéreos pesados. Já pedimos
várias vezes, mas calculamos que os pedidos serão tantos que não há vazão
para tudo", disse à Lusa, o comandante dos Bombeiros de Ílhavo, Carlos
Mouro, que está a comandar as operações no terreno”.
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11 agosto
06:15
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“Aveiro era,
por volta das 04:45, o distrito que concentrava o maior dispositivo de
combate aos incêndios em Portugal Continental, com 1.191 operacionais e 379
viaturas alocadas ao combate de 13 incêndios.
Já os incêndios
de Águeda continuava àquela hora a apresentar uma situação
"desfavorável, mas a ceder aos meios de combate", e o incêndio de
Anadia/ Mealhada também estava "desfavorável", acrescentou”.
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12 agosto
23:48
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“Ao quinto dia,
o fogo que começou em Águeda galgou para o concelho vizinho de Sever do
Vouga. As chamas já terão destruído mais de 7000 hectares”.
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13 agosto
11:09
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“O incêndio de
Águeda, um dos dois fogos de grandes dimensões que lavram nas regiões de
Aveiro e Viseu, está em fase de consolidação e poderá em breve ser dominado,
estimou hoje o adjunto de operações nacional da Proteção Civil”.
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13 agosto
11:21
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“O incêndio de
Águeda está dominado desde as 9:45 mas o comandante da Autoridade Nacional de
Proteção Civil que está no local sublinha que ainda há muito trabalho para
fazer porque o fogo tem grande potencial de reativação”.
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III- METEOROLOGIA
IV- ÁREA ARDIDA
Aspeto de uma parte da área ardida (limitada pela linha vermelha). |
Limite este (E) da área ardida. |
V- CONSEQUÊNCIAS/IMPACTES
Destruição de bens materiais
Depreciação cénica na paisagem
Cheias, ravinamentos, enxurradas
Como se sabe a destruição da vegetação vai alterar o regime hidrológico uma vez que, o escoamento superficial vai ser elevado, em detrimento da infiltração e, assim, aumentará o caudal de rios e ribeiras, agravando o risco de cheias, especialmente nos meses de outono e inverno.
Emissões de CO2
Um incêndio tem um efeito negativo, duplamente, ao nível das emissões, na medida que origina a libertação de gases com efeito estufa, como reduz a capacidade de absorção e armazenamento de CO2.
Quebra de receitas para a economia...
Após a passagem de um incêndio o valor comercial do material lenhoso desce consideravelmente, perdendo mesmo, em algumas situações, todo o seu valor.
Perda de Solo
A destruição da vegetação tem como consequência o desnudamento do solo ficando o mesmo mais suscetível à ação direta da chuva e dos ventos, levando à erosão do mesmo e ao seu empobrecimento por arrastamento dos nutrientes.
Espécies invasoras
...
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Águeda, cidade com longo historial de cenários de cheias, localiza-se nas margens do rio com o mesmo nome da Cidade na sua secção inferior,onde este curso fluvial transporte água da maioria dos seus afluentes. As duas linhas de água que merecem mais atenção, por serem as mais caudalosas, são: o próprio rio Águeda e o rio Alfusqueiro (este último afluente do primeiro). A confluência ocorre junto da povoação de Bolfiar, para montante da cidade de Águeda.
O rio Alfusqueiro está, naturalmente, integrado na bacia hidrográfica do rio Águeda por ser seu afluente. Para melhor percebermos o que poderá vir a acontecer, individualizaremos estas bacias...
Se 2013 foi um ano dramático, em termos de cheias para a cidade de Águeda, com apenas área ardida (“incêndio de Guardão”) na bacia hidrográfica do rio Águeda, provavelmente em 2016 ( meses de outono e inverno) a situação poderá vir a ser mais grave (esperamos que não...) pois, existe uma vasta área ardida não só na bacia hidrográfica do Águeda, mas também na bacia do rio Alfusqueiro.
Destruição da fauna e flora e consequente perda de biodiversidade
Toda a fauna e flora de uma área percorrida por um incêndio florestal é gravemente afetadaDestruição da fauna e flora e consequente perda de biodiversidade
Emissões de CO2
Um incêndio tem um efeito negativo, duplamente, ao nível das emissões, na medida que origina a libertação de gases com efeito estufa, como reduz a capacidade de absorção e armazenamento de CO2.
Quebra de receitas para a economia...
Após a passagem de um incêndio o valor comercial do material lenhoso desce consideravelmente, perdendo mesmo, em algumas situações, todo o seu valor.
Perda de Solo
A destruição da vegetação tem como consequência o desnudamento do solo ficando o mesmo mais suscetível à ação direta da chuva e dos ventos, levando à erosão do mesmo e ao seu empobrecimento por arrastamento dos nutrientes.
Espécies invasoras
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VI- MEDIDAS DE APOIO
"AVISO N.º 24 / 2016
Avisam-se todos os munícipes que a Câmara Municipal de Águeda se encontra a efetuar o registo dos prejuízos de âmbito agrícola (culturas permanentes, temporárias, equipamentos e construções), resultantes do incêndio que deflagrou, no nosso concelho, no dia 8 de agosto de 2016.
Para o efeito, é necessário o preenchimento de um formulário próprio, pelo que os interessados devem dirigir-se à Junta de Freguesia da área de residência ou ao Gabinete de Atendimento ao Munícipe, na Câmara Municipal, até ao dia 30 de agosto, para posterior envio à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro.
Águeda, Paços do Concelho, 19 de agosto de 2016
O Presidente da Câmara Municipal,
Dr. Gil Nadais"
Fonte: https://www.facebook.com/profile.php?id=100011899307690&fref=nf&pnref=story