O
passeio pedestre que o GAC (Grupo dos Amigos do Caselho) tinha agendado para domingo, vinte e seis de abril,
foi adiado devido ao mau tempo. No entanto, um grupo de resistentes não deixou
de visitar um dos locais mais interessantes que estava previsto na rota- o
pisão de Matadegas. E assim aconteceu…
O
jeep do Bruno levou-nos até onde foi possível! Do local onde ficou o jeep até
ao pisão, localizado junto de uma corga, são cerca de duzentos e cinquenta
metros, os quais têm de ser percorridos a pé!
Alguns
dos elementos do grupo que, supostamente, saberiam o local do pisão não o
conseguiram encontrar. A paisagem sofreu alterações devido ao corte de árvores
e perderam-se pontos de referência. Nesta altura, era grande a probabilidade de
não atingirmos o objetivo. Um simples telefonema resolveu o problema… Passados
uns instantes, o Nelson, a Carla e o seu irmão mais novo, residentes na aldeia
de Matadegas, apareceram no local para nos guiarem.
Ao
chegar ao local, a beleza do espaço não nos deixou indiferentes. A combinação
dos odores primaveris, a paisagem multicolor com predominância do verde da
vegetação e o som da água a correr na corga, transmitiu-nos tranquilidade e
serenidade necessárias para renovar forças e deliciar o corpo e o espírito. Se
este cenário nos deixou satisfeitos, o mesmo não podemos dizer no que diz
respeito ao edifício que albergava o pisão, sem telhas e cheio de plásticos!
A
maceira, uma das peças mais importantes do pisão foi levada há mais de quinze
anos, estando atualmente no museu Terra de Besteiros... No local ficaram os
plásticos, presumivelmente, utilizados nas manobras de remoção.
Era
bom que o engenho voltasse a trabalhar! O pisão a funcionar no próprio local e
a beleza do espaço envolvente, tornariam o local um ponto ímpar de atração
turística.
O Engenho
“O funcionamento dos pisões tinha como base um
moinho hidráulico, onde o aproveitamento da água fazia mover todo o mecanismo
em madeira. Este engenho utilizava-se no tratamento da lã, sobretudo do burel,
apreciado para a confecção de capuchas, capas, mantas, casacos, entre outras
utilizadas no Inverno.
A lã, depois de tratada e tecida ia para o pisão, onde era pisoada incessantemente com água a ferver. Esta fase da cadeia operatória tornava o pano de lã impermeável, resistente ao frio e à chuva.
A masseira exposta no Museu Terras de Besteiros, oriunda do Pisão de Matadegas, freguesia de São João do Monte, foi talhada num só tronco de castanho e fazia parte de um mecanismo que já não chegou aos nossos dias”. Extraído de: http://www.cm-tondela.pt/index.php/servicos/museu-terra-de-besteiros/museu/item/2403-museu-municipal-terras-de-besteiros-pisoes-de-burel
A lã, depois de tratada e tecida ia para o pisão, onde era pisoada incessantemente com água a ferver. Esta fase da cadeia operatória tornava o pano de lã impermeável, resistente ao frio e à chuva.
A masseira exposta no Museu Terras de Besteiros, oriunda do Pisão de Matadegas, freguesia de São João do Monte, foi talhada num só tronco de castanho e fazia parte de um mecanismo que já não chegou aos nossos dias”. Extraído de: http://www.cm-tondela.pt/index.php/servicos/museu-terra-de-besteiros/museu/item/2403-museu-municipal-terras-de-besteiros-pisoes-de-burel
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