"O regresso dos escritos de luz de Carlos Fernandes a um espaço de onde nunca saiu — uma serra florida e habitada.
Não há lugar para uma arte separada da vida, com coisas belas para admirar e formas feias para as mostrar. Se o que atualmente tentamos mostrar seja mostrado com arte (e não ao acaso ou por capricho), nada teremos para esconder.
Não há lugar para uma arte separada da vida, com coisas belas para admirar e formas feias para as mostrar. Se o que atualmente tentamos mostrar seja mostrado com arte (e não ao acaso ou por capricho), nada teremos para esconder.
"Fotografar traz-me à memória o prenúncio de instantes passados, vividos, presenciados ou apenas registados. Ao abraçar esta arte - a fotografia -, descobri um modo simples e eficaz de perpetuar esses momentos, mas também complexo.
Simples porque basta revelar essas impressões que, até esse momento, pertenciam apenas ao meu olhar. (…)
Como artista, sinto a necessidade de manter um certo “romantismo” nos momentos que vou registando através da minha objectiva.
Com este conjunto de fotografias - que intitulei de “Fotossíntese” - procuro restabelecer o contacto, de algum modo perdido, entre a arte e o público, mas, principalmente, entre as pessoas e o mundo que as rodeia, no sentido de algo vivo.
À semelhança de “Estância”, projeto em que dirigi o meu olhar aos sanatórios abandonados da Serra do Caramulo, volto a centrar a minha atenção nesta serra florida e habitada de vida para registar e compor esta história visual e ambígua. Desta vez, apresento uma perspectiva noturna e atenta ao pormenor".
Carlos Fernandes
“Um artista é aquele que, elaborando as suas próprias impressões subjectivas, sabe descobrir um significado objectivo geral e exprimi‑lo de maneira convincente.”
Máximo Gorki
Extraído de: http://ascoisasdomundo.blogs.sapo.pt/fotossintese-exposicao-de-fotografia-de-437810