“A estrada em macadame, de bom piso
atravessa a Várzea de Águeda atapetada de verdes tenros que se agrupam com a
distância e polvilhada de casitas
caiadas (...).
A estrada continua a subir,
e depois de se passar por algumas aldeias ainda sem o aspecto serrano,
atinge-se um lombo, numa curva, de onde se avista o espinhaço do Caramulo. Há
uma ligeira descida e de novo trepamos, a caminho de São João do Monte, uma povoação
alcandorada nos contrafortes da Serra. Mais adiante fica o primeiro povoado de
características serranas, Paranho de Arca e depois de Paredes, no ponto mais
alto da estrada, depara-se-nos uma paisagem cenográfica e luminosa na vertente
voltada para Este. Percorridos 2 Km entramos em Paredes do Guardão. Uma estrada
estreita de curvas apertadas, leva-nos até à castiça aldeia de Cadraços, de
cunho acentuadamente serrano (...) As
mulheres usam capuchas de burel, tecido por elas próprias, por processos primitivos,
com a lã das suas ovelhas. Achei curiosa
a maneira como as moças, ao vir da fonte transportavam as bilhas de duas
asas, de bojo afunilado, semelhando ânforas; trazem-nas ao ombro e embiocadas
nas capuchas, evocam assim as figuras de samaritanas (...)
Deixando a aldeia de Cadraços, comecei a ascensão para o Caramulinho (...)
Não abandonei o Cabeço da Neve sem profundamente embeber mais ainda os olhos no vastíssimo horizonte trazendo na retina indeléveis imagens (...)”. CONSTANT. D. (1945) (?).Turismo Nacional- Serra do Caramulo. Porto.
Deixando a aldeia de Cadraços, comecei a ascensão para o Caramulinho (...)
Não abandonei o Cabeço da Neve sem profundamente embeber mais ainda os olhos no vastíssimo horizonte trazendo na retina indeléveis imagens (...)”. CONSTANT. D. (1945) (?).Turismo Nacional- Serra do Caramulo. Porto.
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